segunda-feira, 28 de junho de 2021





Rabadilha

(A genealidade de Artur Xexéo)


Rabadilha a terra, 

A lua que raia com fulgor. 

Teu brilho embebeda o querer d’almas

Crescente ou minguante, 

Em teu nobre labor!



Chameja, 

Nas brancas nuvens que enamoram.

Oh! Luar que inebria almas sublimes e puras

Que às vezes riem, n’outras ocasiões choram!


 

Mil venturas

 Já te fizeram assistir então

Oh! Que durem todos os segredos teus

Lua, toda nua, 

Tua meiga manifestação!



No trépido ato do Criador 

Rabadilha a terra no ciclo das vidas

Em teus nobres labores!


(Xexéo,  que foi-se de nós em 27 de junho/2021)



sábado, 19 de junho de 2021

O tempo 

(Aos amigos Ataulfo R. Borges e Wanderlan R. Peixoto)

 

Depois de menino...

Os sonhos de alvedrio

Chega a frenética adolescência!

 

Depois de bem crescido...

Não se iluda, a idade vai chegar

E, não tarda muito a abeirar-se!

 

Um bom garoto...

Que um dia tornou-se senil

Para seguir "n’outras viagens!"

 

Cada qual, leva no seu baú...

 Devaneios bem encaixilhados

Sortidos de bons prélios!

 

Depois de criança...

Restaram-lhes fantasias de liberdade

Pois, quando se vê...

 

Os anos já se fizeram!


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Para Quintana

( Ao meu dileto poeta Mário Quintana)

 

Passarinhos...

De ti epopeias mil

Em mim, passarinhos voarão

 

Flores...

Enfloraram-se

Brotaram das tuas mãos!

 

Passarinhos...

No vergel do florear

Voaram da tua feição

 

Se o “palhaço” não chorar!

“Passarinho passará”

Em mim voarão

 

Passarinhos...

Milhões de araponguinhas

No sortilégio de Quintana!

 

Borboletas mágicas em gotinhas

Quintilhas... de Quintana

No revoar, de tua imensidão

 

Passarinhos...

Em todos nós adejarão

Em mim, voejarão

 

“Passarinhos passará”