De Bananeiras a Goiatuba
(Aos ilustres goiatubenses)
Goiatuba
nossa,
Minha
princesinha cidade.
Bananeiras
que já passou, ficando na saudade.
Cravada
na verdade, há mais de um século,
No
rincão brasileiro, sul precioso de Goiás.
Na
rota dos aguerridos desbravadores.
Caminhos
que rasgavam pelo nosso Sul,
Rumo
às Minas dos Guayáses.
Insurgida
na rota dos bandeirantes,
Transformado
entre outros, Estrada Real.
Surge
do descanso, o Pouso das Bananeiras.
Lugarejo
de São Sebastião do Pouso Alegre
Originário
das ditas paragens de caminheiros.
Por
onde também passavam tropeiros
O
nome adotado, por pouco tempo ficou
Outros
que aqui aportaram em busca da sorte
Em
carros de bois, chegavam trazendo seus valores
Tomaram
as margens do Córrego Bananeiras
Levantaram
suas casas e casebres,
Em
quase todas as direções dali.
Ergueram
uma grande cruz de madeira,
Fizeram
de primeira, uma missa ao santo rezar.
Uma
gleba de terras, doaram ao milagroso padroeiro.
Chamaram-na
de “ São Sebastião das Bananeiras”
Bananeiras
de fartura, gados e lavouras.
Da
minha terra consagrada, onde se plantou.
Que
acolheu ricos e pobres, brancos e negro.
Aventureiros,
desbravadores e camaradas.
D’outros
estados vindos, para o villarejo morar.
Gente
guerreira, gentílicos das bandas das gerais.
São
Sebastião, de Manoel Vicente Rosa
Amigo
e compadre de Candido Luiz de Castilho,
Semeadores
de esperança, colhedores de abundância.
Villa
de três ruas, assim por todas conhecidas,
Rua
de cima, rua do meio e rua de baixo.
Foi
o que se sabe há muito tempo atrás
Valorizado
pelos moradores, o Engenho de Serra
A
primeira luz elétrica já instalada no povoado
Por
José Maria Filho comerciante notabilizado.
Muitos
outros detalhes, se tivesse espaço pra contar.
Bastava
o córrego atravessar, já se via na margem de lá.
Chácara
da Dona Lina de Sousa, marca de mulher audaz
Gente
do comércio, homens valentes pela natureza.
Tementes
a Deus, outros nem tanto assim faziam.
Outros
praticavam da valentia, seu modo de viver
Terras
de posses, rincão de Santa Cruz de Goiás.
Donatários
e agregados começavam suas fortunas fazer.
Assim
Gabinatti apareceu, na minha Bananeira de antes.
Decidiu-se
que já era hora de Morrinhos separar.
Ao
Dr. Pedro Ludovico fez um ofício a elucidar
Pedidos
assinados por lideranças que aqui moravam
Francisco
Evaristo, homem do povo, sua amizade conquistou.
Nomeado
pelo Interventor em novecentos e trinta e um.
Os
destinos da Villa, foi o primeiro a governar.
João
Rocha, de ferreiro a austero delegado trabalhador.
Sr.
Zote, na construção de Goiânia foi participar.
Diplomado
em medicina na Capital do Rio de Janeiro
Dr.
Álvaro Xavier, sua profissão veio aqui praticar.
Comerciantes,
os Garcia de Minas vieram pra morar.
Tonico
Marques, Coronel Lúcio Prado e os Moraes.
Não
podia esquecer de tantos diferentes,
Que
de tão distante vieram pra obras fazer.
O
italiano Tomazotte construiu seu hotel ítalo-brasileiro.
O
alemão Fritiz que fez o segundo traçado da Villa
Ambos
inimigos da Grande II Guerra Mundial
Que
por ironia, em Bananeiras fizeram amizade.
Tornaram-se
inseparáveis e confidentes companheiros!
Tantos
outros que ajudaram escrever nossa história.
Sobre
o rio Meio Ponte Afonso Arantes mandou,
Uma
ponte de aroeira e outras madeiras construírem
Contratou
José Portilho um habilidoso carpinteiro
Em
um ano, qualquer lado das margens já podia atravessar.
Bastava
algumas moedas simbólicas, ao vigia entregar.
No
vau de São Domingos ninguém precisava mais passar.
Povoados
de Boa Vista e Bom Jesus começaram a aparecer
Gente
arrojada, Francisco Evaristo e o povo fez,
O
primeiro grupo escolar começou a projetar.
Do
prefeito Glicério Cunha,
A
família de Dr. Laudelino homenagem recebeu
Serviu
também de palco dos encontros cívicos culturais
Com
muito orgulho de geração em geração se tornou.
Bananeiras,
“ nossa gente dessa boa terra”, outro nome buscou.
Ideia
do Gabinatti, de Gwa yá tuba, para Goiatuba ficou.
Etimologicamente
se fez, “muita gente da mesma raça”
Rancado
do peito de um andarilho, dito como louco.
Apaixonado
poeta pelo que via, mandou um dia escrever,
Francisco
de Brito no seu livro citou, pode ser Goiatuba
Terras
dos Guayáses, “Onde Goiás é grande”
De
qualquer sorte,
Pouso
das Bananeiras, São Sebastião do Pouso Alegre,
São
Sebastião das Bananeiras, Bananeiras ou Goiatuba,
Na
história ficou governantes e governados,
Amantes
e amados por aqui passaram,
Passando
ou passará!